Manuel António Pina!Il est tombé le rideau du Poète!

Publié le par Rosario Duarte da Costa

 

 

 

Manuel António Pina!

 

Il est tombé le rideau du Poète!

 

Oui. Aujourd’hui le rideau du Poète Manuel António Pina, est

tombé !

Devant le rideau, il nous a laissé sa constellation, avec toutes ses

étoiles…

Laurét du Prix Camões, il laisse les portugais dans le vide!

 

Comme disait Bécaud : « quand il est mot le poète… » !

Rosario Duarte da Costa

Copyright

20/10/2012

 

http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=61371

Morreu o escritor Manuel António Pina

19 de Outubro, 2012por Ricardo Nabais
O poeta e autor de livros infantis, prémio Camões em 2011, morreu no Porto esta sexta-feira.

«Ainda não é o princípio nem o fim do mundo, calma é apenas um pouco tarde» é um dos títulos da poesia de Manuel António Pina, que lhe poderia servir de epitáfio. Poeta, gostava de dizer que este género literário era entronizado em demasia num país que pouco lhe presta a atenção: «A poesia tem um prestígio excessivo». São, aliás, deste livro os versos irónicos «A poesia vai acabar, os poetas vão ser colocados em lugares mais úteis».

Manuel António Pina morreu hoje, aos 68 anos, no Hospital de Santo António, no Porto, cidade que cedo o adoptou (e que foi adoptada por ele), desde que por lá se fixou aos 17 anos de idade. Praticamente não mais saiu da Invicta: «Viajar é perder amigos», dizia ele ao Sol em Janeiro de 2008, e ia mais longe na ideia, «é perder países».

Por lá foi criado enquanto escritor e jornalista. Trabalhou 30 anos no Jornal de Notícias, onde ainda mantinha uma crónica mesmo depois de reformado. Assinou ainda uma pequena coluna na revista Visão. De espírito curioso, dado à procura do conhecimento, abraçou a internet sem rodeios, e vivia de leituras várias, somando os blogues literários aos livros. «O mundo está cheio de links», disse nessa mesma entrevista ao Sol.

Começou a escrever poesia para espantar o medo de uma trovoada, ainda em criança. Trouxe a escrita até à idade adulta, uma arte poética feita de cruzamentos de influências literárias ou filosóficas. O budismo zen, por exemplo, é uma das mais fortes e o Oriente fascinava-o ao ponto de se ter dedicado a uma arte marcial vietnamita, o viet-vo-dao, que praticava sempre ao fim da tarde, antes de voltar para o fecho de edição do JN, e que lhe custou, certa vez, a fractura de algumas costelas. Títulos como Os Livros, ou Os Papéis de K, ambos de 2003, são sinal desta e de outras influências, em dezenas de livros de poesia que editou em vida. Publicou ainda teatro – O Inventão, em 1987 e História do Sábio Fechado na sua Biblioteca, em 2009 – e livros de crónicas.

De espírito curioso, gostava de citar os diversos autores de um vasto universo literário. E nem um célebre urso da literatura infantil lhe escapava ao espírito. Uma frase de Winnie the Pooh era a sua preferida para definir a poesia: «Deixamos as palavras entrar nos poemas quando lhes dá jeito a elas».

A literatura infantil também é uma imagem de marca de Pina. Livros como O Tepluquê ou Gigões e Anantes são exemplo desta faceta do autor, que venceu a edição do ano passado do prémio Camões.

ricardo.nabais@sol.pt

 

www.astormentas.com

 

Poeta português, natural do Sabugal (Beira Alta). Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. É, desde 1971, jornalista do Jornal de Notícias, actualmente exerce as funções de editor.
Na literatura infantil reúne as seguintes obras: O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), O Têpluquê (1976), Os Dois Ladrões (1983), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1983), Histórias com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), O Inventão (Prémio Gulbenkian: Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986/1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (2000), entre outras.
Publicou também os volumes de poesia Ainda Não é o Fim nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde, Aquele que Quer Morrer (1978, Prémio Casa da Imprensa), A Lâmpada do Quarto? A Criança? (1981), Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde Pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido com Isto da Mesma Substância (Poesia reunida, 1974/1992) (1992), Farewell happy fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), O Anacronista (1994, Prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalistas), Aniki-Bobó (1997).
Está traduzido em castelhano, dinamarquês, francês, galego e inglês

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