Vim de muito antes da România(extrait mes mémoires!)

Publié le par Rosario Duarte da Costa


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Vim de muito antes da România, aquela que Augusto eliminou para vencer trazendo-nos vias, escolas, teatros, templos e Língua!

 

Antes dela, as invasões levaram-nos Suevos, Vândalos, Alanos e, todos os povos que erravam pela península...mais ainda,os povos árabes que se instalaram mesmo nas nossas terras!

 

O arco, era a arma do desejo!

Nê-le, lia-se a tensão fisica e mental do que o utilizava !

 

Trago em mim, todos os traços dessas gentes, dessas civilizações que me enriqueceram- desde o início até aos Romanos   e, hoje mesmo, outros povos nos enchem o cofre todo!

 

Possúo, uma sensualidade particular, ligada à terra  e, aos elementos que ela tem.

Sei, do sangue puro, derramado em noites caligrafadas a peso de oiro!

 

Sou. Uma aventureira repartida pelo mundo!

 

Trago em mim uma trajectória plena de passos, saltos, cruzamentos inesperados...

Sempre senti um grande desejo de viver. Mesmo, dentro da impetuosidade da vida!

 

Vim da terra seca, árida. E, do céu, e do mar.

 

Busco o ar ( como todos os aquários), a água, como procuram os peixinhos todos, as aves, assim como todos os seres vivos.

 

Desde que nasci, trago em mim uma língua que ninguém poderá esmagar, despedaçar, mesmo se alguns a tentaram espezinhar...

 

Vim do Alentejo, como Fialho de Almeida.

 

Cheguei dali, como João de Deus e Nuno Judice, viéram do Algarve.

Sou alentejana. Como Vasco da Gama. Não tenho que pedir desculpas a ninguém!

Conheçi calores e, ceifas muitas. Aprendi valores simples, mas ricos de ensino.

 

Sou um átomo mas, defendo a minha língua, porque só assim me poderei fazer respeitar e amar!

Um toquezito e ela chega-me, doce como um pêssego.

 

Sou uma pedra caída de ti, como as frutas maduras caiem das árvores para nos encherem a boca.

 

Estava deitada. Ergueram-me mais tarde mostrando-me a céu mas, eu ainda não sabia ler as coisas nem o mundo...

 

Endireitaram-me. Como um dia ergueram o santuário de Delfos, na Grécia antiga. Só que eu sou uma mortal e, “Ele” instalou-se com as suas Deusas no território da imortalidade, porque assim, mesmo morto, deixará os traços marcados na história Universal!

 

Vivi entre muitas riquezas e misérias, sem me sentar em nenhuma...

Às vezes senti o pânico de ventos. Portanto manti-me de pé!

 

Andei ali, desde as trevas até hoje, vendo-me no espelho das águas dos rios, carregando em mim várias memórias  vindas das civilizações, das histórias, das culturas, metamorfoseando-me em mim própria.

 

Sou desinvejosa. Porque amo a terra e, as palavras, desejo que outros amem tudo isso, tanto como eu.


Rosario Duarte da Costa
in "Livro de Memorias" pag 13
copyright
2005 

Publié dans Mère! Mãe!

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R
Un petit coucou du vendredi sous un grand soleil, On dirais des belles journées du printemps, Je ne t’oubli pas seulement manque de temps pour repondre a mes coms, Bonne fin de soirée, Et te dit a bientôt Bisou ………..Rose
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R
Merci ysabel: on écrit pour partager avec les autres. Heureuse de te faire plaisir. Um abraço. Rosario
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Y
c'est magnifique! en lisant cet extrait de tes memoires, j'en ai eu des frissons. Née à Lisbonne, immigrée en region parisienne, j'ai attéris en guadeloupe car j'y ai retrouvé un peu de la douceur de mon portugal natal de mon enfance. Je vais prendre le temps de lire tes autres articles. com muita amizade.
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