Valsa lenta/Valse lente! Poesie de Rosario Duarte da Costa

Publié le par Rosario Duarte da Costa

A valsa lenta das nuvens

Auteure des photos sur cette page.Cláudia Barbosa"olhares.com

 

Infância

 

Valsa lenta

 

Desdobrando o naperon das horas,

deixei caír uma carta antiga:

uma carta de amor, que recebi um dia

quando tudo era ainda frescura e fantasia

e, a vida era um constante movimento. Era!

 

Dobrei-me e apanhei o papel (já velho e amarelo),

mas as palavras ergueram-se tilintando,

levantando os corcéis do tempo a chegar correndo

entre aquilo que eu amei e, o que vou amando.

 

Misturei as pedras todas desse tempo,

entre noites e dias hoje - quase incontráveis. 

Rasguei sombras enormes nos céus errantes

fazendo caír chuvas belas e incalculáveis,

para lavar as noites e dias daqueles tempos

onde as esperanças eram inalcançáveis.

 

Escamei dias e dias da minha vida,

em amplas preces procurando milagres.

Atravessei mares e oceanos muitos,

sangrei por entre as areias das praias

salvando a humildade e, a minh’alma,

até que a tempestade me désse calma.

 

E agora aqui estou a soluçar

no seio de tantas palavras a gritar.

E agora o meu coração desperta

e, esta hora já me não bate certa!

Rosario Duarte da costa

Copyright

15/12/2011

Espaço Vazio

 

Jardim de Inverno

 

Nocturne 

 

 

Pour être informé des derniers articles, inscrivez vous :
Commenter cet article