Ser Poeta ! Etre Poète! (Pensamentos/Pensées)

Publié le par Rosario Duarte da Costa

 

 

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Ser Poeta !

 

 

Se bem guardei na memória, tiro-lhe de dentro um pedaço

do poema da Florbela Espanca, onde ela escreveu:

“Ser poeta é ser mais alto é ser maior

morder, como quem beija...”

 

Para Marie Noël, “au lieu de poète, femme de charge”.

Ou, ainda :

 « J’ai toujours pensé que pour découvrir dans un poète la

source subconsciente de la Poésie, il n’était que de noter les mots

qui reviennent le plus fréquemment, le plus involontairement dans

son incantation. Comme « azur » chez Mallarmé ».

Enfim, diz Marie Noël :

«  le poète jeté en proie à la foule ».

In : notas íntimas !

 

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A poesia pode tratar de todos os sujeitos. E, como dizia

Eduardo Prado Coelho na “Letra Litoral” pág: 209, falando

do poeta Ramos Rosa:

“Esta poesia não é uma poesia sobre política. Não deixa de

Antonio ser, contudo, uma poesia política”.

  

Pois, existimos com a poesia. Nua ou vestida; poesia de ilusão

ou da realidade; na língua e, na linguagem.

Há poesia estática ou viajadora?! Com ou sem limites. Há!

E o gesto?

Como disse ainda Eduardo Prado Coelho, referindo-se a António

Machado, no poema “Nas Colinas”, domina o gesto, a caligrafia,

o grito, a flécha e o gume.

Ao mesmo tempo, no livro “Versos e alguma prosa” de Jorge de

Sena, diz este, falando de Fernando Pessoa:

“ mas raríssimas pessoas lhe negam hoje a categoria máxima, o

direito de ser considerado um dos maiores poetas da Língua

Portuguesa. Mesmo os seus detractores falam dele ou calam o

seu nome não do mesmo modo que para outros, e com desconfiança

natural num povo de líricos com o coração ao pé da boca, nas mãos,

etc., perante um poeta poderosamente lúcido, tão fora do conceito

português de génio, ao qual sempre se atribuí, desculpando-lha,

alguma estupidez.

Ou como Pessoa afirmou:

os nossos poetas “escrevem, em matéria do que sentem, como

escreveria o pai Adão, se tivésse dado à humanidade, além do

mau exemplo já sabido, o ainda pior, de escrever.(...) Produzem

como Deus é servido, e Deus fica mal servido”.

Rosario Duarte da Costa

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31/05/2011

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