Moras na rua sem nome/T’habites la rue sans nom! (Poème)
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Moras na rua sem nome!
T’habites la rue sans nom!
moras numa rua sem nome
à esquina dos protestos
às vezes falas baixinho
mas o amargo nem ouve
os teus tremores de linho
na travessa onde te sentas
entre verdades e mentiras
entre razões decompostas
e as questões sem respostas
esvais-te nos gritos da solidão
quando montam os sons da terra
por um sim ou por um não
e o tempo roda e roda
no carrossel do teu dia
fechas os olhos à luz
aquela que te alivia
e nadas no rio das palavras
que correm p’ro alto mar
tens medo e não te importas
mesmo que não saibas nadar
moras na rua sem nome
na travessa da amargura
sem arcadas de renome
nem de promessa futura
Rosario Duarte da Costa
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12/08/2010