Era amarela a casa...(Poema)

Publié le par Rosario Duarte da Costa

A casa amarela

Auteure des Photos sur cette page: Paula "olhares.com"

 

Ouro imaginário

Era amarela a casa

 

era amarela a casa

na terra ocre. habitada de silêncio

e de solidão. e o céu descia os poiais

- ali-, até ao chão.

e haviam albas, crescendo das noites;

uns esquissos antigos,

postos diante dos nossos postigos.

 

não era um asilo, não. era a casa,

baixa e amarela. como uma valsa lenta

derramada, em cada janela.

havia, o céu azulado à proa

com o riso da noite escondido.

como a côr do medo

ou, a côr do teu vestido,

nos dias de morte.

 

só ficavam

as luzes das candeias

para além dos muros.

como, uma breve alegria

numa última estação.

às vezes, a lua vinha

caír-nos nos dedos. e, o teu imaginário

desvendava-te mil segredos.

 

ao longe, o horizonte acendia

o fogo da esperança. e tu sonhavas

com outras esferas, o fim das guerras.

ouvias, um grande mar murmurando

que depois da tempestade,

renasceria nova força e, outra vontade.

 

e, ali ficás-te sentado na cadeira,

relendo a memória no relógio do dia,

ao centro da casa amarela...

Rosario Duarte da Costa

 Copyright

05/12/2011

Outros "Carnavais"...

 

 

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V
<br /> Gostei muito deste poema: casa amarela. É uma<br /> casa amarela com sombras (as da memória), mas também com esperança e sonho. Muitos de nós habitamos uma casa assim; mais ou menos amarela. Um abraço, Rosario.<br /> <br /> <br />  <br />
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R
<br /> <br /> Bom dia Vasco. Obrigada pela visita. Hoje, a distância aproximou-nos...Um beijinho, desta terra gaulesa e, Votos de um Natal  muito feliz, para si e, sua familia.rosario<br /> <br /> <br /> <br />