Poème: La force du mal est plus grande que.../A força do mal é maior do que...

Publié le par Rosario Duarte da Costa

[__remains of the day__]


[__agarrado à fé__]


Mon ami, toi et moi serons toujours étrangers à la vie
étrangers l’un à l’autre

et étrangers à nous mêmes,

jusqu’au jour où tu parleras et j’écouterai,

ta voix s’élèvera alors dans ma propre voix,

jusqu’au jour où je me tiendrai devant toi,

mon image se mirera alors dans ton image !

Khalil Gibran

In «  le sable et l’écume »

 

São palavras !

 

Estas são feridas

de bocas abertas

espirrando nas horas.

 

São gritos,

estilhaçando as bocas

onde o ar explode

na secura dos dias!

 

As altas labaredas

levantam-se verticais

e, as chamas ficam

agarradas ao vento...

 

Como ficam as cinzas sentadas

no limiar dos nossos olhos,

essas torturas civilizadas

onde o ar dói...

 

As mãos derivam

de um lado para o outro

do mar do nosso corpo

já escavacado.

 

Não há um único pássaro azul

sentado no céu

do nosso olhar.

 

Queda-se a terra solitária

na usura dos dias

-secando- nas cordas do tempo...

 

É um tempo insólito

de paisagens surrealistas;

onde a força do mal

é maior do que a do bem

 

São coisas banais

nas banais indiferenças

entre homens e humanos.

 

São palavras tiradas

com a roldana do poço.

Palavras mastigadas

com dentes ja velhos!

E, os olhos queimam!

Rosario Duarte da Costa

18/8/2008

copyright

 

 [__parte de mim__]


[__a bordo da solidão__]
[__one of a kind__]Auteur des photos de cette page:Bruno Silva www.olhares.com

Mon ami, toi et moi serons toujours étrangers à la vie

Publié dans Poésie

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