Podia gostar se...mas, não gosto de futebol!
Não gosto de futebol!
Não. Não gosto de pé na bola, como o disse há muito tempo.
Nem mesmo quando se trata do jogo do meu país contra a
Alemanha.
E, como o disse também, não se trata do jogo em si o que me
desgosta.
E, de longe vendo as camisolas encarnadas a correr sobra a relva
verde, aproxima-se de mim a imagem das papoilas encarnadas, dançando sobre o verde mar alentejano!
Se o jogo em si pode mostrar o trabalho de uma équipa, a
estratégia que os jogadores utilizam para atingir o objectivo de “ganharem”, o que me revolta é, a starização dos indivíduos, a
subida rápida nas escadas piramidais, a “soberba” de alguns
jogadores, graças ao estatuto que usufruiem, ao salário que têem,
assim bem comos as regalias que sabemos.
Pois se em qualquer profissão é lógico (ou seria), ter um salário adequado e em relação ao trabalho e competências utilizadas, os jogadores (campeões ou não), beneficiam de condições do
star-système completamente extravagantes!
E, o que mais me choca ainda, é o facto de serem os mais pobres
da população que correm entusiasmados atrás deles.
As municipalidades (em França ou em Portugal) fazem-lhes festas
grandiosas, colocam à sua disposição todos os meios materiais, e portanto não foram eles a descobrir e a dizer “Eureka”!
Isso já não é jogo, é comércio!
Sei que me criticam, inclusivamente na minha própria família.
Mas, quando vejo –por exemplo aqui com o Olympique Lyonnais-
o preço dos produtos derivados do futebol (maillots, ballons, écharpes...), revolto-me. Porque até hoje, poucos clubes foram à falência!
Rosario Duarte da Costa
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09/6/2012