“Nus e Suplicantes” como dizia Urbano Tavares Rodrigues!
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“Nus e Suplicantes”
Eis-nos de novo “Nus e Suplicantes”, como escreveu um
dia Urbano Tavares Rodrigues!
Pois residimos aqui neste palco da abundância, onde os
“mestres” nos querem despir e, tornar vagabundos.
Vivêmos neste mundo no seio de grandezas monstruosas
mas, os desnivelamentos são profundos - como os buracos
de um poço.
Já há mais de meio século, ele tinha escrito no livro Horas
Perdidas “... a verdade que se procura aqui não é
rigorosamente a do facto histórico, mas uma verdade
subjectiva e uma verdade de geração – a inquietação e a
dúvida- de certos jovens dos anos 40 ”.
Naquele tempo a Europa estava ainda em situação de guerra,
as dificulades muitíssimas atingiram as populações.
Urbano diria “a liberdade voa sobre a Europa... os carcereiros
de mutilados, os apedrejadores ...vão dar-nos contas do que
fizéram”.
Urbano vive uma situação tremenda de angústia, em ruptura
com um passado terrível mas, ao mesmo tempo ele sobrevive
deitado no lençol da esperança!
Ou, não fôsse ele Alentejano, habituado a ver além do
horizonte estendido – e largo-, como o mar.
Então, através de “Nus e Suplicantes” nós vamos não sómente
identificarmo-nos com ele, mas sobretudo procurar raízes,
para ao mesmo tempo podermos comunhar com ele, um
futuro onde os homens vivam em mais simbiose uns com os
outros.
Rosario Duarte da Costa
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05/12/2011