Não me acreditam?!Este tempo outonal...

Publié le par Rosario Duarte da Costa

que carinha.

 

Photo: Chuam "olhares.com"

 

 

Não me acreditam?!

 

Este tempo outonal, chama-nos para o aconchego. Névoas,

humidade, árvores nuas, pessoas fechadas em mau grado, com

casacos escuros e os sorrisos apagados, fazem de Novembro

um mês de tristeza!

 

Só os tordos ousam enfrentar o céu cinzento e, vão agrupados

em centenas, apertadinhos uns contra os outros, divagar sobre

os telhados destas gavetas sobrepostas.

 

Não vivo no campo. Mas, aqui na cidade, às cinco da tarde, a
noite cai-nos nas mãos. Os dedos ficam-nos com aspecto dorido.
Tão pequeninos se tornáram os dias...

 

A partir das 18 horas, começa a polícia a berrar, para baixo-para

cima, é como um murmúrio constante e desagradável para o

ouvido.

Só os pinheiros -de pé aqui por baixo das minhas janelas-, se

mostram altivos preparando já as pinhas para o Natal...

 

Suspiro. Ainda não partiu a minha angina. Nem recuperei o

apetite. É verdade que sou uma gulosa particular, porque se

tivésse na minha frente um prato de marisco, ele partia logo

para o meu estômago. Com, ou sem fome!

Enfim, são destas coisas. De toda a maneira, faz-me bem
emagrecer um pouco!

 

As notícias sendo repetitivas, começam a aborrecer-me. Só

ficam a leitura e,  a escrita para me acompanharem. Já vos disse

que não tenho televisão. Um escândalo eu sei, porque todas as

semanas no meu prédio, uma associação vem carregar todos os

objectos que se deitam fora. E, as pessoas deitam fora os grandes

ecrãs LCD e plasma, mesmo em tempo de crise. O único que se aborrece comigo é o meu marido mas, que feliz sou eu sabendo

que ele não fica prostrado horas e horas diante da televisão a

ver futebol!!!

E os meus netos. Que perguntam para onde foi a televisão?!

-Para o lixo, respondo. Podêmos fazer tantas coisas sem ela!

Enfim...Sei que não encaixilho na norma. Mas sempre gostei

de desviar. Já quando era jovem, nunca gostava de me vestir da

mesma maneira que as minhas amigas!

Rosario Duarte da Costa

Copyright

08/11/2011

 

lixeira.

Publié dans Dialogues

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