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Continuemos o Manifesto contra o Acordo Ortográfico Português!

Publié le par Rosario Duarte da Costa

Vous le savez. Je vous avais déjà parlé depuis longtemps, le Portugal

et les Pays de Langue portugaise voulait faire un Accord Orthographique

dont l'objectif serait d'aligner la langue portugaise avec l'orthographie

Brésilienne...

Et, je ne suis pas d'accord. Tout d'abord parce que l'accouchement

de cette belle langue s'est fait du (galaico-português), parce que toute

notre histoire est chargée de ce symbole qui est la Langue Portugaise

et, il n'y a aucune raison de la gaspiller, au profit d'un autre Pays.

La langue portugaise éparpillée dans le Monde a trouvé communion

et abri au sein de la Lusophonie et, cela est le plus important. La

réunion de toutes les forces pour obtenir un objectif commum!

C'est dans ce cadre que je me bats. Et, je tente de fiare adhérer tous

ceux qui, comme moi, ne veulent pas être dépouillés de notre héritage!

Aujourd'hui, je joints des articles de Nuno Miguel Guedes -journaliste,

celui de l'écrivain Vasco Graça Moura et enfin, celui du poète Manuel

Alegre!

Rosario Duarte da Costa

Copyright

01/07/2011

 

 

Nesse quadro de catástrofe anunciada, é preciso afirmar mais uma vez, alto e bom som, que esta não é a altura de aplicar em Portugal uma coisa obscena chamada Acordo Ortográfico!

Nem a economia, nem o desenvolvimento, nem a aprendizagem escolar, nem a qualificação, nem a formação profissional, nem o combate à crise, lucram seja o que for com ele. Pelo contrário.

 

 

Nuno Miguel Guedes

Nuno Miguel Guedes é jornalista, guionista e argumentista. Foi o autor de um dos blogs portugueses mais conhecidos e populares de sempre, o Tradução Simultânea.

Sobre a ILC, respondeu assim ao nosso pedido de publicação do seu perfil de subscritor e apoiante: «Com certeza que me poderão incluir na galeria de subscritores. É para mim uma honra e um dever

Nuno Miguel Guedes nasceu em 1964. Licenciou-se em Comunicação Social e fez uma especialização profissional de multimedia em Turim.

É jornalista, guionista de televisão e letrista ocasional (Cindy Kat, Ana Moura, Tânia Oleiro, Miguel Brito Rebelo). Esteve no início d’O Independente («caderno Vida»), de onde sai em 1990 para fundar a revista K, com Miguel Esteves Cardoso, Carlos Quevedo et al. Tem colaborado com várias publicações (Jornal de Letras, Elle, Vogue espanhola, Epicur, Egoísta, suplemento ‘Nós’ do jornal i, suplemento DNA do Diário de Notícias, etc), sendo colaborador permanente da revista VISÃO (secção Cultura) desde o primeiro número.

Em televisão, adaptou vários formatos de entretenimento e foi responsável pelos guiões de programas em directo (Globos de Ouro – SIC, Missão: Ajudar, RTP). Foi editor de conteúdos do programa juvenil P.I.C.A (RTP2). Actualmente tem uma série documental em fase de aprovação.

Em rádio, trabalhou na Rádio Universidade Tejo, na RádioGeste e finalmente na Antena 1.

Criou o já extinto blogue Tradução Simultânea e faz parte dos colectivos 31 da Armada e Sinusite Crónica.

[Esta nota biográfica foi redigida pelo próprio.]

Subscreveu a Iniciativa Legislativa de Cidadãos pela revogação da entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.

Nota: esta publicação foi autorizada pelo subscritor.

 

 

[foto de http://www.myspace.com/nunomiguelguedes]

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Portugal vive em sério risco de bancarrota. A carga fiscal esmaga toda a gente. As pensões de reforma estão a ser gravemente afectadas. O Serviço Nacional de Saúde e a ADSE vão-se ressentir da crise em medida incalculável. O mesmo se diga do sistema de ensino e do funcionamento das escolas. O desemprego não pára de aumentar. O endividamento externo e as taxas de juro também não.

Todos os dias surgem novos problemas que parecem sem solução. É urgente dinamizar a economia, mas a inevitável palavra de ordem dos governantes é economizar o mais possível nas despesas do sector público e levar o sector privado a poupar o mais possível no tocante a hábitos de consumos incomportáveis…

Talvez já tenhamos todos perfeita consciência da série muito extensa e dramática de conflitualidades, de empobrecimentos, de custos, de asfixias financeiras, de apertos de cinto… Nada poderá ser como dantes e por muito tempo nem sequer se poderá viver numa mediania decente.

Nesse quadro de catástrofe anunciada, é preciso afirmar mais uma vez, alto e bom som, que esta não é a altura de aplicar em Portugal uma coisa obscena chamada Acordo Ortográfico!

Nem a economia, nem o desenvolvimento, nem a aprendizagem escolar, nem a qualificação, nem a formação profissional, nem o combate à crise, lucram seja o que for com ele. Pelo contrário.

Essa aplicação traria custos terríveis: as famílias teriam de gastar rios de dinheiro em novos livros, manuais, dicionários e outros materiais escolares; tanto professores como alunos sentiriam os maiores problemas de adaptação; os custos sociais, por exemplo, no tocante aos idosos e até a certos deficientes, seriam igualmente graves; os editores (e não apenas os do livro escolar) veriam os seus stocks inutilizados; quanto aos restantes custos económicos, o melhor é nem falar.
 
O desperdício seria chocante: iriam para o lixo milhões e milhões de páginas que servem perfeitamente para o ensino!

Eu penso mesmo que será de fazer chegar à troika, ou aos seus delegados que se deslocam regularmente a Portugal, um dossier demonstrativo desta situação escandalosa e perdulária.

Em 8 de Abril de 2009, a Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República aprovou por unanimidade o judicioso relatório de Feliciano Barreiras Duarte, mas dessa situação não foram tiradas consequências práticas, políticas, jurídicas ou pedagógicas.

Isto é tanto mais grave quanto é certo que o Acordo Ortográfico não se encontra em vigor. Só por aberrante raciocínio jurídico poderia aceitar-se o contrário, uma vez que o documento não foi ratificado nem por Angola nem por Moçambique, pelo menos. Logo não produz efeitos na ordem interna de nenhum dos oito países subscritores.

Não vale absolutamente nada um protocolo laboriosamente parturejado na CPLP, para forçar os países que não querem acordo nenhum a “engolirem” o dito, lá porque houve três ratificações.

Esse protocolo também não foi ratificado. E há onze anos que esses países mostram que não querem o acordo. Lembram-se de que, por cá, havia uns responsáveis da Cultura que há uns tempos andavam a anunciar triunfalmente a ratificação iminente dele por Angola e Moçambique? Era já para dali a meia dúzia de dias…

Em Portugal houve, da parte das instituições políticas, uma espécie de onanismo abortográfico, tão lamentável quanto apressado, que nos cobre de ridículo ante esses países. E eles estão a fazer mais pela defesa da nossa língua do que nós.

A “aplicação” do Acordo a que se vem assistindo em Portugal viola nada mais nada menos do que… o próprio Acordo, uma vez que se está a abrir a porta à divergência ortográfica ao abrigo do delirante princípio das facultatividades.

Foge-se à norma por aplicação absolutamente insensível e estúpida da base IV do documento: no Brasil nunca se escreveu aceção, perceção, deceção, receção, espetador, rutura, perentório… Basta consultar um qualquer dicionário brasileiro.

Em Portugal está-se a adoptar uma série deplorável de dislates e pelos vistos pretende-se que eles passem rapidamente para as escolas, acelerando a desaprendizagem da ortografia.

Toda esta trapalhada sem nome significa que é preciso pôr cobro a um crime contra a língua portuguesa.

E para além disso, numa altura em que se fala tanto em conter despesas, não suspender imediatamente a aplicação do Acordo Ortográfico seria consolidar duplamente o reino da insensatez!

Vasco Graça Moura

 

 

 

 

O Manifesto contra o Acordo Ortográfico, disponível na Internet desde o passado dia 2, conseguiu mais de 33 mil assinaturas, que hoje foram entregues ao presidente da Assembleia da República, informou em comunicado o primeiro signatário do documento, Vasco Graça Moura.
Manuel Alegre é um dos signatários do Manifesto Manuel Alegre é um dos signatários do Manifesto (Nelson Garrido(arquivo))

 

Esta nova diligência dos signatários do documento - Manifesto em defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico, de seu nome completo - ocorreu na véspera do debate sobre o Acordo, agendado para amanhã, na Assembleia da República.

Além das assinaturas, refere o comunicado, foram também “entregues diversos pareceres e documentos que salientam e demonstram as fragilidades técnicas, científicas e políticas do Acordo” e uma lista de 154 personalidades “representativas dos meios académico, cultural e artístico” que assinaram a petição.

Entre os signatários figuram Álvaro Siza Vieira, António Lobo Antunes, Manuel Alegre, João Cutileiro, Miguel Sousa Tavares, Carlos Pinto Coelho, Joaquim Letria, Pedro Tamen, Gastão Cruz, Luísa Costa Gomes, Teolinda Gersão e José Gil.Os primeiros subscritores do Manifesto foram Ana Isabel Buescu, António Emiliano, António Lobo Xavier, Eduardo Lourenço, Helena Buescu, Jorge Morais Barbosa, José Pacheco Pereira, José da Silva Peneda, Laura Bulger, Luís Fagundes Duarte, Maria Alzira Seixo, Mário Cláudio, Miguel Veiga, Paulo Teixeira Pinto, Raul Miguel Rosado Fernandes, Vasco Graça Moura, Vítor Manuel Aguiar e Silva, Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho e Zita Seabra.

O Manifesto aponta na reforma contida no Acordo "inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades" e qualifica-a de "mal concebida", "desconchavada", "sem critério de rigor", "desnecessária" e "perniciosa". No documento, os peticionários lamentam também que no Acordo não tivessem sido levados em consideração os “pareceres científico e técnicos" como, por exemplo, o de Óscar Lopes e que se avance "atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica".

"Recusamos - lê-se no documento - deixar-nos enredar em jogos de interesses, que nada leva a crer de proveito para a língua portuguesa. Para o desenvolvimento civilizacional por que os nossos povos anseiam é imperativa a formação de ampla base cultural (e não apenas a erradicação do analfabetismo), solidamente assente na herança que nos coube e construída segundo as linhas mestras do pensamento científico e dos valores da cidadania".

O Acordo Ortográfico, que visa unificar a escrita do português, foi alcançado em finais de 1990 e deveria ter entrado em vigor em 1994 mas apenas três dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram quer o acordo quer os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

 

Publié dans Dialogues

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