não me digas amor que o amor é nada...
não me digas amor que o amor é nada:
o útero, o sangue e a terra coalhada...
com um lírio roxo espetado na mão,
e, se mo disséres não terás perdão!
não me digas amor que a vida é nada:
o corpo, o grito, num esforço de entrada.
uma vida aberta ao desejo de viver ,
como uma rosa que nasce e não quer morrer.
não me digas amor que somos imortais,
a vida, a fome, a luta e outras coisas mais.
e o amor que vive, vai vivendo e desfalece;
o nada, é o tudo que nos acontece!
não me digas amor que não há segredo,
de palavras e beijos entrelaçados.
nem digas, que entre nós foi só enredo,
nem apagues entre nós todos os dados!
Rosario Duarte da Costa
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17/07/2012