a retina cola-se a retina crava-se (Poema)

Publié le par Rosario Duarte da Costa

 

 

Auteur dses photos sur cette page: Rubem Graça "olhares.com" 

 

Simplesmente Girassóis

a retina cola-se, a retina crava-se

 

a retina cola-se a uma nesga de vida

naquela planície que me viu nascida,

onde o silêncio canta mais alto do que o céu,

e os homens se deitam nas estradas

-com o seu chapéu.

 

ela crava-se sobre os sobreirados

e naqueles caminhos de pós levantados.

entre curvas e rectas estende-se o horizonte

e, por algum lado se procura a fonte

para encher a boca com o águadilho,

e gritar ao alto às brumas e tormentas

quando o corpo sangra dos pés até às ventas.

 

a retina cola-se,

a retina crava-se.

como um prego

entre curvas e rectas

e,

por entre os poentes

com as portas abertas!

Rosario Duarte da Costa

Copyright

06/03/2012

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Paisagem fresca do Alentejo
 
Delicioso néctar

 

 

 

 

 

 

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