A Era industrial! L’Ère industrielle!
A Era industrial!
L’Ère industrielle!
Ainda há umas décadas, lia eu autores como que evocavam a era
industrial de tal maneira barulhenta e triste, que quase metia
medo.
Penso por exemplo no nosso amigo Emile Zola com “La Bête Humaine”, naquele monstro de ferro e aço que era a locomotiva a
vapor.
E penso em todas as grandes empresas industriais que se desenvolveram com milhares de pessoas e os barulhos agudos dos
ateliers.
Ainda no movimento social à entrada e saída do trabalho ou, à
hora do almoço quando de mãos ainda negras os homens e mulheres
se enrolavam no casse-croûte do dia para o mastigarem. Era!
Era, porque a mutação do tempo e, o desenvolvimento de novas
tecnologias acabaram com esses monstros que por um lado
maltratavam os homens e, por outro lado os alimentavam.
Agora, já nem trabalho existe para todos. As empresas externaliza-
-ram-se ou fecharam, despedindo milhares de empregos e pondo
os trabalhadores à porta!
E, o trabalhador que sofria noutros tempos no trabalho, sofre agora
por o não ter. O homem sente-se indignado e, passa o tempo a correr
atrás do tempo que o não vê!
Agora, “La Bête humaine” continúa a existir mas, não da mesma maneira!
Rosario Duarte da Costa
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10/04/2012